21 de novembro de 2008

Internet ou Uma Odisséia?

Ano 3089
Carros voam, pessoas se comunicam através de chips instalados em seus cérebros, 100% do tempo conectado e e-mail é algo ultrapassado. O negócio agora são as micro mensagens que você transfere com a força do pensamento. Viva a contemporaneidade.
Ok, um pouco viagem. Mas tirando todos os exageros e entendendo o sentido da coisa, é mais ou menos assim que a Internet é vista por uma grande parcela da população: um portal para um mundo maravilhoso, onde tudo é moderno e lindo e.... e mais nada, porque Internet não é isso. Ou não é só isso (vou respeitar os entusiastas).
Alguém lembra da TV? Então, a TV. Quando chegou no Brasil, a caixa mágica que abria os olhos para um mundo de possibilidades antes inexistente já foi sendo acusada de ser um dos motivos do fim do rádio. Fim esse que nunca existiu, afinal o rádio continua aí firme e relativamente forte, principalmente entre as classes C, D e E.
A TV introduziu aos poucos (primeiro nas elites e depois no resto da população) uma nova forma de se informar, se entreter. O fato de ter imagens, de ser mais dinâmica que o rádio, foi um dos motivos do encantamento e cegueira de muita galera.
Depois de muito tempo de transformação, de se entender qual linguagem de fato era "ideal" para TV, como trabalhar público e publicidade através dela, chegamos ao ponto de acharmos que não há mais nada de novo para fazer, que estagnamos mais uma mídia.
Aí, nesse semblante caótico, surge a Internet. Oba, mais um mundo de possibilidades, de sons, música, movimento e... e cegueira versão século 21. Quantas vezes você já não ouviu "a Internet é a rede MUNDIAL de computadores, TODO MUNDO está conectado, o mundo será revolucionado por essa plataforma interativa e bla bla bla". Sim, Internet é uma evolução, introduziu novas possibilidades e novos campos, mas nenhum deles matará nenhum outro. Muito mais do que ver a Internet como plataforma de publicação, revolucionária da vida humana e mágica ("põe na Internet que TODO MUNDO compra"), a Internet vai contribuir para moldar novos comportamentos, novas formas de sociabilização, produção/divulgação de informação. Vai contribuir e ao mesmo tempo estragar qualquer forma de democratização de informação, vai ampliar o alcance de tudo, ao mesmo tempo em que super fragmenta a massa cada vez mais. Perde-se a personalidade da massa, ganha-se a personalidade do grupo. Mas tudo ainda está em estágio inicial, as informações ainda são jogadas a esmo e o público (sim, nós), acostumado em receber as informações mastigadas pelo agenda setting das grande mídias, ainda não sabe direito como filtrar, limpar o que serve ou não (até porque esse conceito é mais do que relativo).
As novas gerações, que já nasceram achando que a Terra é um grande mundo virtual, também não sabem filtrar direito as informações, afinal as pessoas que "fazem" a Internet ainda não sabem muito bem como colaborar com isso.
Tudo ainda está em transformação, ainda não tem um corpo definido. Não há como definir não tecnicamente algo que cada um utiliza de uma forma diferente, com objetivos distintos (e eu não quero definir tecnicamente porque os entendidos já fizeram isso). E talvez essa seja a graça e o encantamento da coisa: a não definição, a liberdade de fazer parte de algo do jeito que cada um preferir (ou mais ou menos assim), mas é necessário manter o pé no chão e entender que de novo mesmo não tem muito coisa ainda (nem acho que terá), além da facilitação de muitos processos que antes aconteciam timidamente por aí.
Não há criação de comportamentos, há adaptação. E, como escreveu tio Darwin, quem não se adapta não resiste ao processo de seleção natural.

Fonte: http://www.imasters.uol.com.br/

3 comentários:

Jacqueline Barboza disse...

PIOR que eu achei foca

http://megafashionist.blogspot.com/2008/03/tambm-quero-roupa-emprestada.html

camisas de força tem uma que é de couro para inverno =P

FA. disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
FA. disse...

Vc tem 1 minuto para achar o seu erro de português pq se n o seu pc vai explodir.
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...

FOCA disse...

A critica eu achei bem sem fundamentos, e o blog sitado eu achei um tanto quanto sem fundamentos... mas tudo bem!