25 de novembro de 2008

Filho da P*$%&@ do GOOGLE!

O lançamento do Chrome, o navegador da Google, reabriu o debate sobre a privacidade na Internet no que parece ser a última volta do parafuso na integração de serviços de coleta de dados de seus numerosos usuários. A apresentação à sociedade do Chrome, concorrente direto do Firefox (também apadrinhado pela Google através da fundação Mozilla), foi acompanhada em partes iguais de elogios quanto às melhoras de utilização e de críticas sobre sua política de conteúdos e de proteção de dados. Enquanto a primeira, que dava à Google direitos sobre os conteúdos, foi suprimida, a relativa à proteção de dados continua remetendo o usuário ao seu Centro de Privacidade, onde se estabelecem condições genéricas e pouco claras do que a Google ou as empresas de seu grupo fazem ou podem fazer com nossos dados mais que pessoais. Não importa se o usuário está abrindo um canto no Blogger, enviando um vídeo para o YouTube, usando um editor de textos no Google Docs, armazenando seu histórico médico no Google Health ou instalando o Chrome, todos acabam no porto californiano que é esse centro de privacidade que só reconhece a jurisdição de Mountain View, EUA, e onde não se sabe muito bem o que se faz com os dados. O negócio dos dados é muito mais rentável do que um usuário pouco informado possa imaginar. Um dado isolado não vale nada; os dados que um usuário gera ao usar todos esses serviços não têm preço. Seu cruzamento permite saber o que ele busca, quando e de onde se conecta, com quem fala e sobre o quê, onde passará as férias ou se vai assassinar seu cônjuge, como no caso de Melanie McGuire, descoberta e condenada à prisão perpétua por ter cometido o deslize de procurar no Google "veneno indetectável". Quanto mais dados se cruzam, mais preciso é nosso retrato digital. Por isso a legislação espanhola e da Comunidade Européia, que a Google não aplica a seus usuários espanhóis, proíbe a cessão de dados entre empresas do mesmo grupo sem consentimento, obriga as companhias a dizer que informação tem de seus usuários e para que a usa, cancelando-a quando não é mais necessária. Tudo isso para que o dono desse retrato holográfico decida o que permite que se faça ou não com seus dados. Essas queixas sobre a política de privacidade da Google não são novas. Já em julho de 2007 a ONG britânica Privacy International elaborou uma classificação mundial e colocou a Google à frente das empresas pouco respeitosas, que qualificou de "hostis" à privacidade. Identificou a Google como a menos respeitosa entre nomes conhecidos como Amazon, Microsoft, eBay, Myspace e BBC. Observou várias possíveis infrações, como a retenção de dados de usuários durante longos períodos de tempo sem a possibilidade de cancelá-los ou apagá-los, ou a de não informar sobre o uso que dá aos mesmos. O relatório afirmava que a Google retém não só dados de busca dos últimos 24 meses ou os de navegação quando se utiliza a Google Toolbar (a barra de buscas que pode ser instalada em qualquer navegador), como os facilitados pelo próprio usuário voluntariamente - ao entrar em algum serviço - ou involuntariamente - através dos logs (registros) de buscas que permitem identificar pessoalmente o usuário. O relatório a censura por descumprir a própria norma americana de privacidade. Mas o jogo com os dados privados na Internet não é exclusivo da Google. Poucos usuários do Blogger, dos que colocam suas fotos em Flick e vídeos no YouTube ou falam com seus amigos através de Facebook ou Twitter leram as condições de uso desses serviços. A maior parte delas, incluindo as relativas ao tratamento de dados de caráter pessoal, está em inglês e sujeita à legislação americana. As traduções em castelhano, como indicam no Facebook, são oferecidas somente a "título informativo". Precisamente, o Information Commissioner's Office do Reino Unido iniciou antes do verão uma investigação devido à queixa de um usuário do Facebook, de que foi incapaz de apagar suas informações apesar de ter cancelado a conta. As queixas sobre o Facebook também afirmam que ele colhe informação delicada sobre seus usuários e a compartilha com outros sem sua autorização. Proteger-nos e compartilhar informação só com quem desejamos é difícil, mas não impossível. O International Working Group on Data Protection in Telecommunications [Grupo de Trabalho Internacional sobre Proteção de Dados nas Telecomunicações] publicou recomendações para que o usuário de redes sociais tente proteger sua privacidade sem morrer tentando. Parafraseando o slogan da Google: "Don't be fool, be informed" (Não seja bobo, informe-se).
Luiz Roberto Mendes Gonçalves

21 de novembro de 2008

Internet ou Uma Odisséia?

Ano 3089
Carros voam, pessoas se comunicam através de chips instalados em seus cérebros, 100% do tempo conectado e e-mail é algo ultrapassado. O negócio agora são as micro mensagens que você transfere com a força do pensamento. Viva a contemporaneidade.
Ok, um pouco viagem. Mas tirando todos os exageros e entendendo o sentido da coisa, é mais ou menos assim que a Internet é vista por uma grande parcela da população: um portal para um mundo maravilhoso, onde tudo é moderno e lindo e.... e mais nada, porque Internet não é isso. Ou não é só isso (vou respeitar os entusiastas).
Alguém lembra da TV? Então, a TV. Quando chegou no Brasil, a caixa mágica que abria os olhos para um mundo de possibilidades antes inexistente já foi sendo acusada de ser um dos motivos do fim do rádio. Fim esse que nunca existiu, afinal o rádio continua aí firme e relativamente forte, principalmente entre as classes C, D e E.
A TV introduziu aos poucos (primeiro nas elites e depois no resto da população) uma nova forma de se informar, se entreter. O fato de ter imagens, de ser mais dinâmica que o rádio, foi um dos motivos do encantamento e cegueira de muita galera.
Depois de muito tempo de transformação, de se entender qual linguagem de fato era "ideal" para TV, como trabalhar público e publicidade através dela, chegamos ao ponto de acharmos que não há mais nada de novo para fazer, que estagnamos mais uma mídia.
Aí, nesse semblante caótico, surge a Internet. Oba, mais um mundo de possibilidades, de sons, música, movimento e... e cegueira versão século 21. Quantas vezes você já não ouviu "a Internet é a rede MUNDIAL de computadores, TODO MUNDO está conectado, o mundo será revolucionado por essa plataforma interativa e bla bla bla". Sim, Internet é uma evolução, introduziu novas possibilidades e novos campos, mas nenhum deles matará nenhum outro. Muito mais do que ver a Internet como plataforma de publicação, revolucionária da vida humana e mágica ("põe na Internet que TODO MUNDO compra"), a Internet vai contribuir para moldar novos comportamentos, novas formas de sociabilização, produção/divulgação de informação. Vai contribuir e ao mesmo tempo estragar qualquer forma de democratização de informação, vai ampliar o alcance de tudo, ao mesmo tempo em que super fragmenta a massa cada vez mais. Perde-se a personalidade da massa, ganha-se a personalidade do grupo. Mas tudo ainda está em estágio inicial, as informações ainda são jogadas a esmo e o público (sim, nós), acostumado em receber as informações mastigadas pelo agenda setting das grande mídias, ainda não sabe direito como filtrar, limpar o que serve ou não (até porque esse conceito é mais do que relativo).
As novas gerações, que já nasceram achando que a Terra é um grande mundo virtual, também não sabem filtrar direito as informações, afinal as pessoas que "fazem" a Internet ainda não sabem muito bem como colaborar com isso.
Tudo ainda está em transformação, ainda não tem um corpo definido. Não há como definir não tecnicamente algo que cada um utiliza de uma forma diferente, com objetivos distintos (e eu não quero definir tecnicamente porque os entendidos já fizeram isso). E talvez essa seja a graça e o encantamento da coisa: a não definição, a liberdade de fazer parte de algo do jeito que cada um preferir (ou mais ou menos assim), mas é necessário manter o pé no chão e entender que de novo mesmo não tem muito coisa ainda (nem acho que terá), além da facilitação de muitos processos que antes aconteciam timidamente por aí.
Não há criação de comportamentos, há adaptação. E, como escreveu tio Darwin, quem não se adapta não resiste ao processo de seleção natural.

Fonte: http://www.imasters.uol.com.br/

18 de novembro de 2008

Várias, má várias boas idéias sobre nosso meio, má várias mesmo!

http://www.eyepunch.com/

7 hábitos para você se dar bem como web designer de uma impresa!

Grandes clientes e sites com milhares de páginas e milhões de acessos é algo que a maioria dos freelancers não possuem em seus portfolios. Tire vantagem disto!
O designer Andy Budd escreveu há algum tempo um artigo sobre os 7 hábitos de um bem sucedido web designer freelancer. Pois o relato abaixo é uma versão de um artigo do designer Scott Gledhill na mesma linha dos “7 hábitos”, mas do ponto de vista de um web designer que trabalha em uma empresa (pequenas agências de fundo de quintal, times de desenvolvimento de corporações financeiras ou até grandes empresas de mídia).
O texto a seguir é uma versão de um artigo do designer Scott Gledhill na mesma linha dos “7 hábitos”, mas do ponto de vista de um web designer que trabalha em uma empresa.
1 - Ame o que você faz
Políticas empresariais, gerentes que não tem a mínima noção do que você faz, colegas sem inspiração e nerds lunáticos (por favor, ninguém se ofenda) são algumas das coisas com as quais você vai ter de lidar no dia-a-dia do trabalho. O seu local de trabalho é um dos poucos lugares onde você terá de conviver com pessoas que não te interessam ou que não se interessam pelas mesmas coisas que você.
Quando você não estiver lidando com este tipo de gente, você poderá mergulhar em algum trabalho interessante que irá lhe manter inspirado e motivado pelo resto do dia. Se você for um dos poucos sortudos que existem neste mundo das agências, isto poderá ser um dia inteirinho, mas - assim como na vida de freelancer - sempre vai haver uma série de coisas chatas que se precisa terminar antes de entrar na parte divertida do trabalho.
Estas coisas divertidas serão responsáveis por fazer com que você se levante todos os dias para ir trabalhar e que farão o seu dia ter valido a pena. Se estes momentos de diversão começarem a desaparecer e o seu dia inteiro começar a se tornar chato e enfadonho então chegou a hora de fazer alguma coisa diferente. Está na hora de uma mudança. Isto significa ir para o mundo freelancer ou mudar de departamento ou mesmo de empresa?
Independente das opções, nunca seja aquela pessoa que bate o cartão às 9:00 e às 18:00 sem ter nada de positivo a dizer sobre o dia que passou. Você deve sempre gostar do que você faz, independente do fato de trabalhar para você mesmo ou para outra pessoa.
2 - Nunca pare de aprender
RSS, livros e blogs de sua área devem ser as maiores referências para o web designer que trabalha em uma agência para manter suas habilidades afiadas e, principalmente, relevantes para o mercado. Esta indústria é rápida demais o que faz com que o aprendizado e troca de idéias constante sejam absolutamente imprescindíveis.
Uma grande vantagem de se trabalhar em uma agência está nos recursos humanos que você tem á disposição para “sugar” conhecimento. Você pode estar trabalhando em um setor muito específico com um escopo restrito e fazendo sempre as mesmas coisas, mas ainda assim pode extrair de cada um dos seus colegas o que de melhor eles possuem. Um pode ser um guru em javascript e outro saber tudo sobre ajax. Faça muitas perguntas e descubra maneiras de usar os conhecimentos deles em seu favor. Este tipo de aprendizado ajuda a criar uma sensação de “sintonia fina” nos seus próprios conhecimentos.
3 - Especialize-se
Já vai longe o tempo dos webmasters, aquelas pessoas que eram responsáveis por absolutamente tudo no desenvolvimento de ferramentas web. Hoje em dia o melhor a se fazer é ter um embasamento bastante sólido em algumas poucas áreas. Em uma grande empresa isto normalmente significa se focar no web design e procurar ter uma visão geral do processo como um todo, mas as responsabilidades de programação não devem estar sob sua responsabilidade.
Analisando apenas a questão “CSS” veremos que existem muitas habilidades envolvidas para se produzir um website profissional e de qualidade: compatibilidades entre browsers, conhecimento de regras semânticas, acessibilidade, SEO e arquitetura da informação em grandes projetos. Sempre é bom absorver o conhecimento daqueles que nos cercam, mas você nunca poderá ser um expert em todas estas áreas.
4 - Monte um portfolio matador
Esta é a parte mais complicada quando se trabalha em uma agência ou departamento de uma grande empresa. O seu trabalho servirá como portfolio por um período muito pequeno pois provavelmente começará a ser alterado por várias pessoas em seguida ao seu lançamento (ou mesmo antes de ir ao ar).
Use estas mudanças rápidas como uma vantagem! Você pode continuar a incrementar algo que já foi lançado, criando novas funcionalidades por exemplo e adicionar tudo isto ao seu currículo quando for aplicar para uma vaga em outra empresa. Melhor do que ter uma lista interminável de URLs de sites que você criou é ter uma lista de coisas que você fez em projetos em que participou. Você é um designer… crie apresentações que valorizem os seus trabalhos.
Grandes clientes e sites com milhares de páginas e milhões de acessos é algo que a maioria dos freelancers não possuem em seus portfolios. Tire vantagem disto!
Outro aspecto importante é criar o seu próprio website ou blog utilizando todos os conhecimentos que você possui. Isto ajuda a provar que você sabe fazer o que diz em seu currículo e ajuda a se livrar da responsabilidade por coisas abomináveis que muitas vezes tem de fazer em projetos para a empresa onde trabalha.
5 - Network, network, network
As vezes esquecemos que em grandes companhias existem outros departamentos. Procure conhecer as outras áreas, se relacionar com elas, se fazer notar.
Estes outros departamentos podem representar chances de conhecer melhor a empresa onde você trabalha e a indústria como um todo. Web designers tem a tendência de verem apenas os problemas em escalas menores, mas é extremamente importante “dar um passo atrás” e ver as coisas de uma maneira mais ampla. Porque o pessoal do marketing não se interessa por Web Standards? Existe uma razão lógica ou é apenas pelo fato de ninguém ter explicado de maneira que eles entendam os benefícios que teriam? Conheça e entenda as necessidades e preocupações de todas estas pessoas e veja como os seus dias serão bem mais tranqüilos.
Algum dia estas pessoas irão deixar a empresa para trabalhar em outro lugar. É sempre bom ter pessoas que conheçam o nosso trabalho empregadas em vários lugares e sendo verdadeiros “olheiros” de novas oportunidades.
6 - Gerencie seu tempo
É extremamente fácil de se distrair no trabalho e não ser tão eficiente quanto se gostaria de ser. Ler toneladas de e-mails, ir a reuniões desnecessárias, tomar cafezinho com colegas, receber ligações a todo minuto, tudo isto pode fazer com que seu dia acabe em um piscar de olhos sem que você tenha feito nada do que havia se planejado (ou pior, que seu gerente havia planejado).
É importante que você consiga ficar em sua mesa e consiga realmente trabalhar de vez em quando, especialmente se outras pessoas dependem do seu trabalho. Não fique checando seus e-mails a cada minuto e bloqueie determinados horários em seu calendário (provavelmente o Outlook) para você mesmo para que ninguém “roube” seu precioso tempo com algum pedido de reunião. Use seus fones de ouvido (mesmo que não esteja ouvindo nada) para compensar a falta de privacidade dos cubículos.
7 - Construa sua reputação
Uma maneira de aproveitar o dia no trabalho é construindo sua reputação e se tornando uma pessoa com quem todos querem trabalhar.
A cada dia novas oportunidades surgirão lhe proporcionando maneiras de aprender novas coisas sobre o Mercado e maneiras de aperfeiçoar suas especialidades. Todas as pessoas que deixam a sua mesa terão alguma percepção sobre você. Todas estas pessoas irão cruzar novamente com você em algum momento, em alguma empresa ou quando você estiver procurando trabalho como freelancer e é sempre bom quando se pode encontrar pessoas que tiveram uma boa percepção a nosso respeito.
Uma coisa que aprendi nos últimos tempos é que o mundo está cada vez menos e você nunca sabe quando alguém que você conhece estará na posição de poder ajudar você
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“O Design envolve várias profissões (produtos, serviços, comunicação e arquitetura). Juntas, essas atividades deveriam elevar o valor da vida.”

International Council of Societies of Industrial Design